A mulher com fluxo de sangue, essa história é fascinante, uma Mulher ousada e de muita fé, curada de uma doença incurável.
Vamos conjecturar um pouco nessa historia, a bíblia não conta detalhes da vida dessa mulher, porém o que foi relatado é suficiente para imaginar o quanto ela sofreu, em uma época em que as mulheres não tinham voz na sociedade, que não era bem vistas se não fossem casadas e segundo a lei Judaica da época ela não poderia viver em sociedade no período menstrual, quando era considerada impura.
A Bíblia não relata se essa mulher era casada ou viúva, ou se nunca casou; imaginemos que se era casada, seu casamento deveria enfrentar muitos problemas devido sua condição, se era solteira, não se casaria pelo mesmo motivo.
Por outro lado, a bíblia relata que ela tinha posses, pois durante esses doze anos já havia tentado de todas as formas encontrar a cura, com médicos e remédios que tinham disponíveis na época, contudo não teve melhoras, mas piorava a cada dia.
Nessa época Jesus estava na terra e realizava muitos milagres, de alguma forma essa mulher ouviu falar desse homem e decidiu em seu coração encontrá-lo, mas deveria ser escondido por sua condição de impureza.
Jesus estava a caminho da casa de Jairo, para realizar outro milagre, sua filha estava em estado terminal, quando essa mulher pensou: "Se tão-somente eu tocar em suas vestes, ficarei curada."
Um ato de muita coragem e também de desespero, por não aguentar mais viver nessa condição, não sabemos seu nome, a bíblia relata apenas que certa mulher da cidade de Cafarnaum, antes de ter um encontro com Jesus, sofria de uma hemorragia por doze anos, nada mais.
Certamente era debilitada fisicamente, não tinha vida religiosa. Tudo o que ela tocava também era visto como imundo, vivia uma situação desesperadora, na solidão acompanhada de vergonha.
Jesus estava passando por um caminho em Cafarnaum a caminho da casa de Jairo, cercado por uma grande multidão que o apertava, dificultando sua caminhada.
A mulher viu a oportunidade de sua vida, pois sabia que Jesus havia realizado muitos milagres. Então ela decidiu se misturar na multidão a fim de apenas tocar na orla do manto de Jesus, crendo que seria o suficiente para ser curada.
Ao tocar no manto de Jesus foi imediatamente curada, o que ela não esperava era que Jesus perceberia que havia saído poder dele. Então parou e perguntou quem o havia tocado, os discípulos não podiam acreditar que jesus estava perguntando isso, pois estava cercado por uma multidão que o apertava de todos os lados.
O que eles não entendiam é que ele foi tocado de forma diferente, foi a fé daquela mulher que o tocou, não foi apenas um toque, foi um toque de fé, ele sabia disso, mas ela ficou com muito medo, pois não poderia esta ali no meio da multidão sendo ela impura.
Mas ela sabia que não poderia continuar escondida, pois foi imediatamente curada após tocar o mestre, e precisava confessar o que havia feito. Jesus a tranquilizou, dizendo: "Filha, a tua fé te curou; vai em paz e sê curada dessa tua doença."
Jesus não apenas restaurou a saúde da mulher, mas também restaurou sua vida social e religiosa.
Certamente temos muito a aprender com essa fascinante história, Jesus é a esperança viva para os desesperançados. Essa mulher não tinha mais esperança, estava sem recursos e não tinha mais onde buscar uma solução.
Pela lógica humana, quando algo impuro tem contato com algo limpo, o impuro contamina o que é puro, se uma pessoa considerada limpa tivesse contato com algo imundo, ela também seria considerada impura.
Jesus é a fonte suprema e genuína de santidade. Quando a mulher o tocou, ela ficou pura, essa é a lógica divina. Por isso mesmo, somente Ele pode transformar pecadores impuros e imperfeitos em filhos santificados de Deus.
Essa história de fé, nos inspira a sermos ousados em Deus, para sermos instrumento para a manifestação do poder do seu poder. Jesus curou essa mulher em todas as áreas de sua vida, restaurando sua saúde e seus relacionamentos.
Leia a história completa nos três Evangelhos no Novo Testamento (Mateus 9:20-22; Marcos 5:25-34; Lucas 8:43-48)